George Lucas defende regulação da IA: “também pode ser usada para o mal”

George Lucas, o criador da icônica franquia Star Wars e uma figura pioneira na indústria cinematográfica, enfatizou a importância de regular a inteligência artificial (IA) durante sua recente entrevista ao jornal O Globo. Ele reconheceu o potencial transformador da IA no cinema, mas alertou sobre seu possível uso indevido.

“A inteligência artificial veio para ficar, é inevitável. Só precisamos de instrumentos para regulá-la”, afirmou Lucas. Ele comparou a IA a outros avanços tecnológicos, observando que, embora possam ser usados para o bem, também têm o potencial de causar danos. Lucas destacou a importância de desenvolver ferramentas para detectar e gerenciar o uso indevido da IA, como identificar deep fakes e distinguir entre informações verdadeiras e falsas.

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“Essas empresas que trabalham com IA podem desenvolver algo para detectar o que é falso ou real e indicar de onde veio”, argumentou ele. “A IA pode fazer isso; os humanos não podem, porque simplesmente não somos tão inteligentes.”

Outras falas de George Lucas

George Lucas ao lado do protagonista da primeira trilogia de Star Wars, Mark Hamill, e um Stormtrooper. (Imagem: Kathy Hutchins / Shutterstock.com)

Além de comentar sobre a inteligência artificial, George Lucas falou sobre a Disney, seu novo projeto de museu e suas visões sobre cinema e sonhos pessoais em sua entrevista ao O Globo.

Franquias na Disney: o criador de Star Wars refletiu sobre seu envolvimento limitado com a Disney após vender a Lucasfilm em 2012. Ele mencionou suas contribuições para projetos como Magia Estranha (2015) e a série Star Wars: The Bad Batch (2021). No entanto, expressou sentimentos mistos sobre a direção que a Disney tomou com a franquia Star Wars. “É difícil, confesso, ver uma coisa a que você dedicou toda a sua vida para dar certo e, depois, entregar para outra pessoa fazer.”

Museu Lucas de Arte Narrativa: Lucas compartilhou sua empolgação com o Museu Lucas de Arte Narrativa, atualmente em construção em Los Angeles. Ele descreveu o projeto como um trabalho de toda a vida, exibindo sua extensa coleção de arte, incluindo peças de seus filmes. “Gostaria que as pessoas soubessem que isso também é arte de verdade”, disse ele.

Cinema como Arte: Lucas ofereceu sua perspectiva sobre o cinema como um meio emocional e intelectual. “A arte está nos olhos de quem vê. Não podemos ter muitas pessoas dizendo o que é e o que não é arte por aí.” Ele enfatizou que o poder único do cinema é sua capacidade de evocar emoções através de imagens em movimento.

Sonhos pessoais: “Minha imaginação corre solta na minha cabeça o tempo todo”, disse Lucas, afirmando que ele acredita que isso impactou seu desempenho acadêmico. Ele contou como sua imaginação sempre foi uma parte significativa de sua vida, impulsionando suas buscas criativas e moldando sua carreira.

Revolução digital: refletindo sobre sua carreira, Lucas explicou sua transição do cinema tradicional para a inovação de tecnologias digitais por meio de sua empresa Industrial Light & Magic. “Foi por isso que há um intervalo de 20 anos entre o episódio VI e o episódio I de ‘Guerra nas Estrelas’. Não poderia fazer esses filmes usando tecnologia antiga, analógica.”

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