Balenciaga Retorna à Alta-Costura com Desfile Deslumbrante em Paris

Nesse momento acontece “A Semana de Alta Costura” na cidade de Paris que durará cerca de quatro dias, 4 a 7 de julho. Etiquetas como Dior, Giorgio Armani Privé e Chanel promovem grandes desfiles que marcam o evento ao desenharem novos projetos e experiências no universo da moda. 

Ao mesmo tempo, Balenciaga trouxe ao público a informação de que a etiqueta abriria uma nova loja de alta costura na última quarta-feira (6 de julho) no mesmo dia em que sediaram um dos maiores desfiles da semana no ateliê de alta costura original da marca fundado em 1937, próximo de um dos lugares com grande importância para a moda, a avenida Champs Elysee.

 

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É importante relembrarmos que desde a primavera de 68, o líder da casa, Cristóbal Balenciaga, decidiu parar de desenvolver desfiles de alta-costura. Cerca de meio século depois, a etiqueta retoma com essa atividade ao trazer uma nova coleção para o mundo. Um dos objetivos principais com tais abordagens está baseado na ideia de quebrar com os estereótipos que se conhece universalmente sobre a própria alta-costura. 

Pensando em criar uma conexão mais próxima das novas gerações com a moda feita à mão, progressivamente espera-se que a esfera dessas produções esteja de certa forma mais aberta para abraçar criadores contemporâneos na indústria. 

Tudo isso foi exposto à imprensa pelo CEO da Balenciaga, Cédric Charbit, ao contar que buscam desmistificar o que eles chamam de “universo muito fechado” da alta costura feita à mão para que cada vez mais peças autorais e exclusivas possam estar mais presentes nas cidades.

 

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Para ter um recorte sobre como o desfile aconteceu, aqui está a gravação do evento e você pode acessá-lo e conhecer a proposta como as novas peças. Confira:

 

Após a celebração do desfile, Demna Gvasalia concedeu uma entrevista à Suzy Menkes, uma importante jornalista e crítica de moda britânica, contando: “A maioria das pessoas me encaixam em um lugar de alguém que só desenha moletons e tênis, e isso não é quem eu sou. Essa oportunidade foi muito importante para mostrar quem eu sou enquanto designer e isso é uma manifestação disso”.

Ressaltamos que na edição desta “Semana de Alta Costura” a Balenciaga foi escolhida para ser apenas membro convidado do evento devido ao fato de não estar preenchendo os requisitos da Chambre Syndicale, órgão que dirige a moda na França, sobre usarem a palavra “Haute Couture”, que significa alta-costura em francês. Mesmo com esse obstáculo, é inegável como a casa entregou muito e pode ser pontuada como um dos maiores momentos da semana. 

A 51ª coleção da Balenciaga foi simplesmente magnífica. Com diversas peças explorando cortes mais específicos nos ombros e na cintura, elas ainda foram acompanhadas com algumas máscaras pretas que cobriam a identidade dos modelos. Nessa ação, além de não exporem as pessoas que vestiam a marca, também foi levado em conta a produção de roupas que não são dedicadas a um gênero apenas.

Tecidos metalizados, sedas delicadíssimas, golas levemente altas como peças em tons mais frios marcaram presença no dia. Por outro lado, como sempre apostamos na ideia de que não conseguimos separar música da nossa vida, a Balenciaga pensou da mesma forma. O desfile foi importante para que acontecesse o diálogo entre música e cinema com a moda. Na passarela figuras importantes como Kim Kardashian, Nicole Kidman e uma das cantoras mais queridas da nossa rádio, Dua Lipa, fizeram parte da edição. 

Com diversas propostas, cores, texturas e cortes, Balenciaga mostra ao mundo que fez um retorno triunfal com a alta-costura. Com hiato de alguns anos, eles mostram novamente o poder das produções da casa na indústria como propõe novos contribuições a moda. 

  

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