Maria Antonieta é uma das figuras mais emblemáticas e controversas da história francesa. Conhecida tanto por seu estilo de vida extravagante quanto por seu trágico fim durante a Revolução Francesa, sua vida continua a fascinar historiadores e o público em geral. Neste post, vamos explorar sua vida desde o nascimento até a morte, passando pelo casamento, as extravagâncias e a famosa frase atribuída a ela sobre “comer brioches”.
Maria Antônia Josefa Joana foi a décima quinta filha de Francisco I, Imperador do Sacro Império Romano-Germânico, e de Maria Teresa, Arquiduquesa da Áustria. Nasceu em 2 de novembro de 1755, em Viena, Áustria. Desde o nascimento, Maria Antonieta foi destinada a fortalecer alianças políticas entre as grandes casas reais da Europa.
Infância: A infância de Maria Antonieta foi marcada por uma educação esmerada, embora se diga que ela não se destacou nos estudos. Recebeu formação em música, dança e boas maneiras, como era esperado de uma arquiduquesa.
Casamento com Luís XVI
Aliança Política:
- Em 1770, aos 14 anos, Maria Antonieta casou-se com Luís Augusto, o futuro Luís XVI, então Delfim da França. Este casamento foi uma manobra política para fortalecer a aliança entre a Áustria e a França.
- A cerimônia opulenta foi realizada em 16 de maio de 1770, no Palácio de Versalhes.
Vida de Casada:
- O início do casamento foi difícil, principalmente devido à timidez de Luís Augusto e à pressão para consumar o matrimônio, que só ocorreu anos depois
- Maria Antonieta enfrentou críticas desde o início, tanto por ser estrangeira quanto por seu comportamento exuberante na corte.
Extravagâncias e Estilo de Vida
A Rainha da Moda:
- Maria Antonieta rapidamente se tornou um ícone de moda e estilo na corte de Versalhes. Suas elaboradas perucas, vestidos luxuosos e joias deslumbrantes eram a inveja e o comentário da nobreza.
- Gastava enormes somas de dinheiro em roupas e festas, o que aumentava a insatisfação pública em tempos de crise econômica.
O Petit Trianon:
- Em 1774, Luís XVI presenteou Maria Antonieta com o Petit Trianon, um pequeno palácio no recinto de Versalhes, onde ela podia escapar das formalidades da corte.
- No Petit Trianon, Maria Antonieta criou um refúgio pastoral, onde ela e seus amigos íntimos podiam desfrutar de uma vida mais simples e privada, embora ainda luxuosa.
Jogos de Azar e Festas:
A rainha também era conhecida por seu amor por jogos de azar e por organizar festas extravagantes, que contribuíram para a imagem de uma monarca desconectada das dificuldades do povo.
A Famosa Frase “Que Comam Brioches”
- A frase “Que comam brioches” (na realidade, “Qu’ils mangent de la brioche”) é frequentemente atribuída a Maria Antonieta, sugerindo seu desdém pela fome do povo. No entanto, não há evidências de que ela realmente tenha dito isso.
- Esta citação apareceu pela primeira vez em “Confissões” de Jean-Jacques Rousseau, publicado em 1766, quando Maria Antonieta tinha apenas 11 anos, tornando improvável que ela fosse a autora.
A frase se tornou um símbolo do desprezo da aristocracia pelas dificuldades do povo, alimentando a crescente antipatia contra Maria Antonieta e a monarquia em geral.
A Queda e a Morte Maria Antonieta
Revolução Francesa:
- A insatisfação popular culminou na Revolução Francesa em 1789. Maria Antonieta e Luís XVI tentaram fugir da França em 1791, mas foram capturados e retornaram a Paris.
- A família real foi mantida em prisão domiciliar no Palácio das Tulherias e, posteriormente, na Torre do Templo.
Julgamento e Execução:
- Após a execução de Luís XVI em janeiro de 1793, Maria Antonieta foi separada de seus filhos e submetida a um julgamento rápido e controverso.
- Acusada de conspiração e traição, foi condenada à morte. Em 16 de outubro de 1793, Maria Antonieta foi guilhotinada na Praça da Revolução (hoje Place de la Concorde) em Paris, aos 37 anos de idade.
Conclusão
Maria Antonieta é lembrada tanto por suas extravagâncias quanto por seu papel trágico durante a Revolução Francesa. Embora muitas das críticas a ela possam ter sido exageradas ou infundadas, sua vida simboliza as profundas divisões sociais e políticas da época. Sua história continua a ser um poderoso lembrete dos desafios enfrentados pelas monarquias absolutistas no final do século XVIII.